Vítimas de violência ganharam um respaldo a mais que o Ligue 180 |
O Projeto "Casa da Mulher Brasileira" está chegando para apoiar vítimas da violência doméstica, oferecendo atendimento psicossocial, assistência jurídica e serviços de segurança pública em um único local. Esta iniciativa faz com que o ligue 180, uma espécie de disque-denúncia, ganhe mais visibilidade e seja mais utilizado pelas mulheres.
Segundo Clarissa Carvalho,Coordenadora da Central de atendimento á mulher ligue 180,que também atua na Secretaria de Enfrentamento à Violência e Secretaria de Políticas para as Mulheres do Paraná,de todos os atendimentos realizados em 2012 cerca 12% foram relatos de violência. Desses relatos, a violência física foi a mais relatada: 56,65%, seguida pela violência psicológica (27,6%), moral em 11,7%, sexual em 1,9%, patrimonial em 1,6% e o tráfico de pessoas e cárcere privado que somam quase 1% desses relatos.
Além da violência sofrida muitas vezes a vitima tem que se locomover em grandes distâncias entre um serviço e outro. Tal locomoção hoje em dia acaba por desmotivar muitas mulheres que querem denunciar ou apenas ser ouvida por uma profissional capacitada. Como no caso de Maria Auxiliadora de Sousa* vítima de violência doméstica que sofreu abuso por anos, pois não sabia como ou onde realizar a denuncia na sua cidade natal.¨Não sabia como denunciar meu marido por me bater, tinha medo e na minha cidade a polícia não me dava confiança pra falar, eu achava que se ele fosse preso ia fica com mais raiva de mim e fazer coisa pior, então achei melhor fugir com meus filhos¨.
¨Logo avaliamos que a Casa da Mulher Brasileira, ajudará as mulheres a terem um real acesso aos serviços, que não se sinta desmotivada, nem intimidada pelas autoridades. Assim, muitas terão a confiança de que serão bem atendidas e sairão de uma situação de silêncio. Com certeza, é provável que aumente a busca pelo Ligue 180, que é a porta de entrada da rede de atendimento¨. Afirma Clarissa.
O projeto ainda não possui uma data definitiva de implementação, mais já foi definido pela presidente como um dos principais projetos da prefeitura em 2013.
*A vítima preferiu não se identificar e por isso teve seu nome real alterado.
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