segunda-feira, 20 de maio de 2013

Hugo Chávez sai da vida para entrar na história



Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Chavéz em visita a presidenta Dilma


Hoje em dia, poucos políticos conseguem se transformar em verdadeiros ícones para sua nação. Hugo Chávez, falecido em 5 de março de 2013 após lutar durante 2 anos contra o câncer, foi um deles. Á frente do poder na Venezuela desde 1999, Chávez conseguiu mudar os rumos da política, economia e sociedade, mesmo com um país com alto índice de pobreza. Com ideais fortes e totalitários, o presidente venezuelano virou um grande símbolo revolucionário da história da América Latina.

Com uma política rígida, Chávez criou um império de mídia estatal, no qual o socialismo, o culto de personalidade, e controle da economia, todas as indústrias foram nacionalizadas, assim como a estatização de grande parte da cadeia agroindustrial, o que causou o desaparecimento de produtos básicos nos mercados. Segundo o Doutor em Política Internacional pela UNIFESP Alexandre Hage, apesar de se tratar de um regime ditatorial o governo Chávez trouxe benefícios para a população e aos países da América Latina. “A mudança na Constituição da Venezuela e a essa polarização de empresas e meios de comunicação, foram algumas das marcas do mandato, mas mesmo assim, ele era adorado pela população, como um seguidor seu está a concorrendo à presidência, é muito capaz desse regime não morrer junto com sua figura principal”, afirma.

Mesmo com ideias socialistas, Chávez foi um líder de grande influência, e isso mexeu com a comunidade internacional, seja pela política ou pela principal força econômica do país, que é o petróleo. Inclusive, alguns países, como a Nicarágua, Bolívia, República Dominicana e Cuba são dependentes do petróleo venezuelano, pelo valor de comercialização em dinheiro ou pela troca de bens e serviços temem ficar sem esse recurso. De acordo com o economista Dorivaldo Francisco da Silva, essas nações estão preocupadas em ficar sem o petróleo ter que recorrer a outros países e começar a se endividar por causa do combustível.  “Desde 2005, esses países compram petróleo venezuelano pagando à vista apenas entre 5% e 50% da conta, financiando o resto a longo prazo. Sem a ajuda venezuelana, estas nações teriam de recorrer ao mercado de energia em um momento em que a commodity bate recordes de preços”, explica.

Com todos os aspectos ditatoriais de centralização governamental, ou seja, de controle de todos os setores econômicos e meios de comunicação, é evidente que o apelo feito durante o governo de Chávez, seu legado continuará, pois o apelo popular é grande, e consideram o presidente um marco na história mundial.

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