segunda-feira, 20 de maio de 2013

Natação brasileira leva susto antes da Olimpíada do Rio-2016


Thiago Pereira fala sobre situação dos nadadores sem clube. Foto: Andressa Rufino
Thiago Pereira fala sobre situação dos nadadores sem clube

O ano de 2013 é oficialmente o primeiro do ciclo olímpico que irá levar os atletas aos Jogos do Rio-2016. Entretanto, uma situação desconfortável logo no início dessa temporada quase ameaçou o projeto olímpico da natação brasileira. Em janeiro, boa parte dos nadadores que integraram a seleção na Olimpíada de Londres-2012 ficaram sem clube, entre eles os medalhistas olímpicos Cesar Cielo e Thiago Pereira, e Tales Cerdeira, nono colocado nos 200m peito, 3 dos 4 melhores resultados da natação brasileira na competição. A situação preocupou os nadadores, que já estavam aquecendo os motores para a Olimpíada em casa.

"Todo atleta precisa de tranquilidade pa treinar e competir. Uma situação como essa acaba interferindo; Engana-se quem pensa que a Olimpíada de 2016 não começou. Um grande resultado não sai de um dia para o outro", contou Thiago Pereira.

Uma das exigências dos clubes era a obrigatoriedade de utilizar as instalações e a equipe técnica da associação. A maioria dos nadadores de alta performance treinavam com Albertinho Silva, técnico da seleção nacional, em São Paulo, de maneira personalizada. Mas Thiago ressalta que a confiança no trabalho da comissão técnica faz toda diferença na preparação de um nadador de alto rendimento. "A pessoa começa a te conhecer melhore e assim tudo acaba facilitando. A natação acaba sendo um esporte individual. Depende muito da adaptação. Posso treinar com o técnico do Phelps (Michael Phelps - maio medalhista olímpico do mundo) e nadar mal com ele. Às vezes o tipo de treino dele não é o que eu preciso agora", explicou.

O nadador Tales Cerdeira lembra ainda que existe um planejamento de longo prazo, dividido por etapas, que ajuda a direcionar a preparação. "Em cada temporada existe uma competição alvo. Em 2013, temos o Mundial de Piscina Longa em Barcelona. Já em 2014, tem o Pan-Pacífico e em 2015 os Jogos Pan-americanos. Terminando o ciclo, em 2016, temos a Olimpíada", disse. Por conta disso, uma indefinição com relação ao futuro acaba atrapalhando de forma direta nos treinamentos, e, consequentemente, os resultados. Entretanto, um pouco de otimismo pode ajudar a aliviar a pressão. "Acredito e espero, que essa seja uma situação passageira e, assim sendo, talvez não influencie no resultado em 2016", afirmou Tales.

E o peitista estava certo. No fim de março, clubes e atletas entraram em um consenso. Thiago Pereira, por exemplo, fechou contrato com o SESI-SP por dois anos, enquanto Tales defenderá a UNISANTA. Outros nadadores também encontraram clubes. Dessa forma, o projeto brasileiro rumo ao ouro em 2016 voltou a entrar nos eixo.

Saiba mais em uma entrevista exclusiva com Thiago Pereira



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